O otimismo e o pessimismo são mentalidades - maneiras de pensar e de ver as coisas. Os otimistas vêem o lado positivo das coisas: eles esperam que as coisas corram bem e acreditam que podem contribuir para que coisas boas aconteçam.
Porém, o otimismo não é só sobre “ver o lado positivo”. O otimismo é também não ignorar os problemas ou fingir que a vida é perfeita. Os otimistas têm consciência das dificuldades presentes nas suas vidas, mas optam por centrá-las no contexto em que ocorrem em vez de as atribuírem a causas gerais ou a características suas. Desta forma, conseguem recuperar mais rapidamente dos contratempos, reconhecendo o que podem fazer para melhorar determinada situação.
Um jovem otimista sabe que precisa de estudar se quer ter boas notas e que precisa de treinar para entrar na equipa de natação. O otimismo anda de mãos dadas com a ação, sendo um equilíbrio saudável entre o pensamento positivo e o realista. Se a nota de um teste ficar aquém do queria, um jovem pessimista vai ficar a remoer na baixa nota que teve e em como é injusto porque (até) estudou - nada vai fazer para mudar porque explica a situação de um modo que não lhe deixa espaço para isso. Por outro lado, um jovem otimista vai reconhecer como lhe custa ter uma nota baixa e vai enquadrar a situação dentro desse contexto particular (por exemplo, não estudou a matéria que era suposto, não estava preparado para aquele tipo de perguntas, precisa de ajuda de outrém para perceber melhor a matéria ou “não estudei”) e, assim, vai refletir no que pode fazer e delinear um plano de ação.
Como queremos que os nossos jovens sejam?
Eliana Silva, Psicóloga